quarta-feira, agosto 17, 2011

A Janela

Utilizo toda a tinta disponível na minha esferográfica, 
com ela escrevo num caderno de folhas sem linhas, tudo o que escrevo dão cor a essas paginas pálidas, agora com um conjunto de palavras que formalizam algumas frases, todas elas vão ao teu encontro, não com intenção ou convicção de colocar esse propósito, mas acho que, assim acontece, sem mesmo dar conta. E sem que, por esta janela elas desapareçam, refaço o que escrevo, e condenso numa só palavra, deixo partir por esta noite cheia de lua.

Não há meio nem forma de se perder pelo caminho que,
como nós sabemos,
não tem nada de curto nem certo, muito pelo contrário, cheio de altos e baixos,
de montes e vales, de rios e de mares, cheio de terra, de céu e oceanos.
Com um seguro sentido, um sentido valido, valido na certeza de que, não irás ter dificuldade em decifrar-la, receberás por certo com um sorriso rasgado pela felicidade, com um conforto cheio de esperança,
cheio de mim.

Dás um passeio,
imaginando o mesmo feito pelos dois, abraçados trocando beijos e caricias,
observas o horizonte, iluminado pelo luar, até onde a vista pode alcançar, um arrepio dos tornozelos à ponta dos cabelos, faz mudar a direcção do teu olhar. Olhas para a lua, com esperança que algum sinal,
sentes os cheiro das flores, o cheiro do mar, o silencio da noite de luar,
um calor extraordinário, cheio de mim, invade a tua alma, o teu corpo,
transformando todas as tuas duvidas em certezas, o teu frio em um fogo muito próprio nosso,
fechas os olhos, como consentimento de mensagem entregue,
sussurras baixinho Abraço-te  também. 


Abraço-te