terça-feira, fevereiro 24, 2009

Fragmentos

São estes pequenos fragmentos
penso que por momentos
me fazem escrever
dedico a alguém 
dedico a ti

Ao infinito poeta que reside dentro de mim
é verdade, é dedicado a ti...
Porquê ? O que posso responder... Enfim
Sou eu que te escrevo assim

A quantos falo de ti a verdade
A alguns a surpresa é geral
A outros pela minha sensibilidade
Não há surpresa, dizem... é normal

E escrevo ao poeta da minha razão
de um modo apaixonado,
intimo e particular com a profunda admiração 
Por nunca te ter abandonado

Serás tu a dizer ou a afirmar...
O quanto errado estou,
E resolves me questionar...
"Não terá sido eu que te abandonou ?"

Não percebo a questão
Não tens base nem fonte
Permaneço no meu limite do horizonte
E nele também a minha razão

Tens me acompanhado na minha inspiração
Escreves quando eu apenas me deixo levar
Pelas tuas palavras, pelo teu coração
permites que desenvolva o teu AMAR

E eu...deixo-me levar nos teus sentimentos
a minha sensibilidade que se cruza
com os teus/meus/nossos momentos
Não é a minha historia de amor, quem acusa

É o reconhecimento, sou fruto da tua própria criação
E por isso dedico a ti, ao poeta que há em mim
Estes Fragmentos

JustMe
Quadro "steve walker-silence-2001"

domingo, fevereiro 15, 2009

Incógnito

Soltei as minhas palavras
Pelo som da musica
Deixei-me envolver pelo seu ritmo
E abracei a tua atenção... Em mim
Revelei o som do meus ritmos
Revelei as imagens esquecidas
De uma grande paixão
Retida em actos menos próprios da condição do nosso ser
Onde tudo se inicia e tudo termina
E no final...

"São os nossos demónios
Os nossos melhores amigos"

O silencio no escuro 
Revela o vazio das palavras
E entra a contradição às nossas acções
Revelei o que não está ao alcance de alguém
A loucura de cada um é um ponto forte
Em acções adversas à sua própria aparência
Revelei o meu lado incógnito
O meu lado infinito do meu próprio ser
O meu lado incapaz de ficar indiferente
À tua presença ao teu olhar
Ao teu...

Sorriso


JustMe

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Admito...

Admito...


Amar sem nada em troca, mesmo sem o teu carinho que tanto necessito, e pelo qual digo para mim próprio que vou conseguir tê-lo, é assim que consigo viver, traindo a minha consciência, traindo todos os limites que me são impostos por ti, por toda a circunstancia do teu tempo, do teu espaço, e mais uma vez nego a minha vontade. A minha vontade de te ter nos meus braços, e ter mais uma vez a sensação de seres meu, o abraçar-te não é ter como finalidade, mas pelo contrario, é ter como um inicio de tudo o que por acrescento pode surgir, assim com um abraço mais forte, assim como um beijo, e outro ainda, e dizer para mim próprio “este momento é meu”. És como um todo, impossível, pensar de maneira diferente, e todo esse impossível tem o teu nome escrito, todo ele está delimitado por ti, foste tu que mesmo sem eu dar conta, me envolveste nesse mesmo trajecto que é aquilo a que chamas vida, é aquilo em tu acreditas, e conheces como vida. Eu chamo trajecto, do qual eu tento rever e corrigir, até mesmo em permanecer, sem ter qualquer tipo de expectativa, tonto sou, eu sei, é óbvio que tudo tem um inicio e tem um fim, hei-de lá chegar, e ter a certeza que quando chegar, vou me sentir melhor do que me sinto neste momento. Não me sinto mal ( mais uma vez estou a mentir a mim próprio, ou talvez não )não tenho capacidade de avaliar o que em mim se foi transformando após te ter conhecido, é certo que na altura fiquei muito feliz, não, por te ter conhecido, mas por reconhecer que ainda tinha capacidade de amar, e que embora esquecida, permanecia em mim, e permanece...


Admito...

Continuo a escrever para ti, para vocês, sem pedir nada em troca, sem necessitar de responder aos vossos bons e únicos comentários, agradeço da mesma forma, através das palavras, das minhas palavras, eu sei, que brinco muito com as palavras, eu sei que tenho uma forma muito peculiar de o fazer, mas todas elas têm muito sentido, todas são para todos e sobre todos, todas têm um fundamento, uma razão, todas são escritas do fundo do meu coração, sem esperar nada em troca, sem esperar que alguém se emocione, ou até mesmo que use essas mesmas palavras como inspiração para outros textos. Quando, comecei este mesmo projecto, ao qual eu chamo trajecto, sim eu chamo trajecto, foi simplesmente para escrever, foi simplesmente, para deixar de escrever em cadernos perdidos na memoria, ou até mesmo em blocos de apontamentos, tipo post it, que ficavam também eles perdidos na gaveta dos cds. Continuo a escrever, a amar a minha escrita, a perder uns minutos por dia a ler muito atentamente o que todos escrevem. Este trajecto não tem fim, ou mesmo que possa ter, vai continuar dentro de mim!!!




Admito...
ABRAÇO-TE
ABRAÇO-VOS SEM ESPERAR NADA EM TROCA


JustMe
"nature's embrance-Steve Walker" - http://www.gingerbreadsquaregallery.com/Paintings/Walker/Walker-Bio/walker-bio.html